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Você sabia que a insuficiência renal, às vezes, pode ser reversível?

Atualizado em 27/07/2021
Tempo de leitura: 4 min.

A insuficiência renal é reversível quando o problema ainda não se tornou crônico. Assim, em sua fase aguda, a maioria dos pacientes consegue realizar o tratamento e recuperar as funções renais, mantendo uma vida normal a partir daí.

A imagem mostra uma foto de uma profissional da saúde segurando uma representação plástica de um rim humano.

A insuficiência renal é um problema que traz preocupação para as pessoas. Afinal, se caracteriza pela perda da função dos rins, com risco de se tornar um problema crônico que exige a necessidade de fazer diálise ou ser submetido a um transplante renal.

No entanto, não existe apenas um tipo de insuficiência dos rins e, dependendo do quadro clínico do paciente, é possível reverter esse problema, fazendo com que os rins voltem a funcionar normalmente. Neste artigo explicaremos quando isso é possível. Continue lendo para conferir.

Tipos de insuficiência renal

O rim filtra os resíduos presentes no sangue para que eles sejam eliminados do organismo por meio da urina, assim evita a alta concentração, que poderia trazer diversos problemas de saúde. Eu retiraria esta sentença toda.

De toda forma, mais do que saber o que é insuficiência renal é importante entender que existem dois tipos, a insuficiência renal aguda e a crônica.

A insuficiência renal aguda é uma condição clínica na qual o paciente perde as funções dos seus rins de uma forma rápida, às vezes de repente ou evoluindo ao longo de poucos dias. Os órgãos, em razão de diferentes fatores, param de funcionar e as toxinas e substâncias se acumulam no organismo. No quadro agudo 60% dos pacientes recuperam completamente a função renal após o tratamento da causa que originou a insuficiência renal. Outros 30% recuperam parcialmente a função renal e felizmente não há a necessidade de diálise. Os 10% restantes não evoluem bem, não há recuperação e os pacientes necessitarão de algum método de substituição da função renal.

Já a insuficiência renal crônica é a doença que já se instalou e não pode ser curada ou seja o dano renal é irreversível Esse problema costuma ser muito silencioso e evoluir gradativamente ao longo do tempo. Os rins aos poucos deixam de funcionar e, muitas vezes, o indivíduo só descobre essa condição quando ela já está mais grave.

A insuficiência renal aguda pode se tornar crônica se não receber o devido tratamento. Para isso definiu-se o tempo de até 3 meses para recuperar o caso se não ocorrer, o paciente será considerado crônico. Por isso, é importante ter atenção aos sinais que manifestam, sendo alguns sintomas de insuficiência renal:

  • redução na produção de urina;
  • inchaço nos pés, tornozelos e pernas;
  • perda de apetite;
  • falta de ar;
  • sonolência;
  • confusão;
  • fadiga;
  • dor ou pressão no peito;
  • náuseas;
  • vômitos.

Em casos mais graves, a insuficiência renal aguda pode levar à ocorrência de convulsões ou estado de coma.

Quando a insuficiência renal é reversível

Agora que ficou mais claro o que é insuficiência renal aguda e crônica, é possível entender em quais casos esse problema pode ser revertido. Como explicamos, a insuficiência crônica não tem cura, podendo apenas ser estacionada, ou em algumas situações reduzir a velocidade de progressão da doença. Sendo assim, os quadros que podem ser recuperados são os agudos.

Para que a reversão seja possível, é importante identificar o que está causando esse mal, a fim de adotar a melhor terapia. Por exemplo, restaurar o bom fluxo sanguíneo para os rins através da hidratação de um paciente desidratado, ou remover um cálculo renal que obstruiu o trato urinário. No caso do paciente estar utilizando um medicamento que é nocivo aos rins, esse deve ser suspenso ou ajustado por outro sem toxicidade renal.

Existem algumas abordagens que são adotadas como recomendações gerais para tratar a insuficiência renal aguda. Uma delas são as adequações na dieta, necessárias para evitar o acúmulo de toxinas e também para que não haja um aumento de substâncias, como potássio no sangue.

A ingestão de líquidos também é controlada, tendo como objetivo evitar o excesso de líquido no organismo e prevenir inchaços. Afinal, a retenção de líquidos que causa esses edemas pode desencadear hipertensão arterial e hipervolemia ou edema agudo de pulmão.

Alguns pacientes podem precisar de sessões de diálise enquanto os rins não recuperam suas funções totais. Ela é necessária quando os níveis de potássio atingem picos perigosos, se o paciente parar de urinar ou se houver alterações em seu estado mental. Pode ser necessária, ainda, para pacientes com quadro de pericardite.

Causas da insuficiência renal aguda

Agora que ficou mais claro o que é insuficiência renal aguda e crônica, é possível entender em quais casos esse problema pode ser revertido. Como explicamos, a insuficiência crônica não tem cura, podendo apenas ser estacionada, ou em algumas situações reduzir a velocidade de progressão da doença. Sendo assim, os quadros que podem ser recuperados são os agudos.

Para que a reversão seja possível, é importante identificar o que está causando esse mal, a fim de adotar a melhor terapia. Por exemplo, restaurar o bom fluxo sanguíneo para os rins através da hidratação de um paciente desidratado, ou remover um cálculo renal que obstruiu o trato urinário. No caso do paciente estar utilizando um medicamento que é nocivo aos rins, esse deve ser suspenso ou ajustado por outro sem toxicidade renal.

Existem algumas abordagens que são adotadas como recomendações gerais para tratar a insuficiência renal aguda. Uma delas são as adequações na dieta, necessárias para evitar o acúmulo de toxinas e também para que não haja um aumento de substâncias, como potássio no sangue.

A ingestão de líquidos também é controlada, tendo como objetivo evitar o excesso de líquido no organismo e prevenir inchaços. Afinal, a retenção de líquidos que causa esses edemas pode desencadear hipertensão arterial e hipervolemia ou edema agudo de pulmão.

Alguns pacientes podem precisar de sessões de diálise enquanto os rins não recuperam suas funções totais. Ela é necessária quando os níveis de potássio atingem picos perigosos, se o paciente parar de urinar ou se houver alterações em seu estado mental. Pode ser necessária, ainda, para pacientes com quadro de pericardite.

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SOBRE O(A) AUTOR(A)
Dr. Américo Lourenço Cuvello Neto CRM SP 74761, possui título de especialista em nefrologia pela sociedade brasileira de nefrologia e é membro da Chocair Nefrologia e Clínica Médica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
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  1. Incrível sua explicação Dr•Américo Lourenço eu conseguir tirar todas minha dúvidas e ficou tudo bem claro pra mim o que aconteceu comigo, e me deu uma esperança muito maravilhosa,hoje faço diálise e sempre fico pensando se vou sair dela ou não, mais pela sua explicação tive uma grande esperança, obrigado.

    Ass:Raphael D'Vila

  2. Dr Américo,o Sr não faz idéia de como nos ajuda com tdo conhecimento que nos passou (os que sofrem com doenças dos rins,claro). Peço à Deus que o Abençoe,Iluminando seus caminhos e o Guiando por tdo sempre. Terás meu respeito pela vida tda. Um grande abraço com pensamentos positivos

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