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Hemodiálise

Atualizado em 03/04/2023
Tempo de leitura: 4 min.

A hemodiálise é um procedimento realizado em pacientes com insuficiência renal grave. O objetivo é substituir a função renal por meio de um equipamento que faz a filtragem do sangue fora do corpo, para eliminar resíduos, líquidos e impurezas.

O que é hemodiálise?

Uma das funções dos rins é filtrar o sangue para eliminar o excesso de água, sais minerais e substâncias tóxicas, que são excretados do corpo por meio da urina. Quando isso não acontece eles se acumulam no organismo e podem trazer diversas complicações para a saúde, inclusive colocando a vida em risco.

Pacientes com insuficiência renal têm um comprometimento das funções dos rins, sendo assim, eles não conseguem realizar esse processo satisfatoriamente. Nesse caso, a pessoa precisa ser submetida ao procedimento de hemodiálise.

Esse é um tratamento contínuo realizado com o objetivo de suprir essa deficiência do organismo. Um equipamento retira pouco a pouco o sangue do corpo do paciente, ele é filtrado e devolvido simultaneamente para as veias, devidamente limpo e livre de impurezas.

Quem precisa fazer hemodiálise?

A insuficiência renal pode se manifestar de forma aguda ou crônica. No primeiro caso ela acontece de repente e pode ser revertida, mas durante algum tempo os rins deixam de exercer a sua função. Por isso, o paciente pode precisar fazer sessões de hemodiálise, mas assim que o quadro é revertido já não é mais necessário.

No caso anterior a hemodiálise, portanto, é indicada como um tratamento temporário, porém, algumas pessoas têm o quadro de insuficiência renal crônica. Para elas, já não é possível reverter o problema, pois os rins estão muito lesionados e não há tratamento curativo.

Então, é necessário fazer as sessões de hemodiálise para manter o equilíbrio das substâncias no organismo. O procedimento geralmente é realizado enquanto o paciente espera a doação de um rim, perdurando o tempo necessário para garantir a estabilidade da sua saúde.

Pessoas de qualquer idade podem fazer hemodiálise, incluindo crianças e pacientes idosos. No primeiro momento o nefrologista pode indicar um tratamento medicamentoso para estabilizar a insuficiência e controlar sintomas, mas quando essa abordagem não surte efeito é preciso recorrer à hemodiálise. De toda forma, essa decisão é tomada em conjunto com o paciente e familiares.

Como a hemodiálise é feita?

As sessões de hemodiálise são personalizadas de acordo com a necessidade de cada pessoa. Geralmente são realizadas três vezes por semana com uma duração de cerca de 4 horas. Entretanto, a frequência pode ser maior e o tempo menor ou maior conforme cada caso. Alguns precisam fazer o procedimento diariamente.

Ele deve ser realizado em uma clínica de hemodiálise ou um hospital. O paciente não precisa de anestesia ou de sedação, mas é preferível que ele já tenha realizado a cirurgia para confecção da fístula arteriovenosa (FAV).

Essa é a melhor forma de ter acesso ao sangue para que ele seja filtrado. A fístula é um procedimento cirúrgico eletivo, durante a cirurgia ocorre a utilização das próprias veias e artérias do paciente. Em casos mais complexos podem ser utilizados materiais sintéticos que unem as artérias e veias. O procedimento é realizado por um cirurgião vascular.

Porém, mesmo que o paciente ainda não tenha feito a fístula ele pode realizar a hemodiálise.  O acesso, nesse caso, é feito por meio de um cateter de duplo lúmen, que pode ser posicionado em uma veia do tórax, pescoço ou virilha.

Uma vez tendo o acesso é feita a punção para que o sangue seja destinado ao equipamento que fará a hemodiálise. Essa máquina realizará as funções dos rins. O sangue é encaminhado para fora do corpo através de um circuito extracorpóreo até chegar ao dialisador, o rim artificial, que vai limpar esse sangue. Depois de filtrado ele retorna para o corpo do paciente pela linha venosa. Todo esse processo ocorre ao mesmo tempo.

Durante a hemodiálise é eliminado o excesso de líquidos, sais e também de outras substâncias, como ureia, creatinina e potássio, garantindo o equilíbrio delas para que o organismo se mantenha saudável.

Quais são os riscos e efeitos colaterais da hemodiálise?

Todo o processo de hemodiálise é feito atualmente com total atenção e cuidado com a saúde do paciente. Afinal, é preciso garantir que não haverá exposição a agentes patológicos, sendo assim, não há risco de contrair outras doenças.

Pacientes que ainda estão utilizando o cateter podem desenvolver infecção no local ou ter uma obstrução por coágulos, quadros que são revertidos com antibióticos ou agentes que dissolvem os coágulos. Se essas tentativas não surtirem o efeito desejado pode ocorrer a substituição do cateter. No mais, o paciente pode sentir alguns desconfortos nas primeiras sessões.

O incômodo da picada para acesso à fístula acontecerá pela necessidade de introduzir a agulha. Para os pacientes ainda não habituados com a hemodiálise, pode ocorrer dor de cabeça, queda da pressão arterial, câimbras, tontura, fraqueza, náuseas e vômitos. Estes sintomas, frequentemente, ocorrem nas primeiras sessões de hemodiálise. No geral, o paciente não apresenta nenhuma alteração.

Esses sintomas acontecem em função das mudanças repentinas no equilíbrio dos sais e dos líquidos no sangue, mas o paciente é assistido por médicos e enfermeiros. Além disso, é recomendado seguir uma dieta adequada e administrar os medicamentos, para minimizar os possíveis desconfortos da hemodiálise.

Como é a rotina de quem precisa de hemodiálise?

Como você pôde ver, as sessões de hemodiálise acontecem diversas vezes na semana e duram algumas horas. Por isso, é necessário fazer algumas adequações na rotina a fim de conciliar o tratamento com as atividades normais.

Não existe um impedimento geral para o trabalho, estudos, atividades físicas e de lazer. Entretanto, cada paciente receberá recomendações de acordo com as suas condições clínicas, mas é possível manter uma rotina como as demais pessoas e fazer hemodiálise.

Também será necessário atenção às instruções da nutricionista quanto à ingestão de líquidos e a melhor dieta. Isso porque é importante evitar o ganho de peso entre as sessões, para que elas sejam mais confortáveis e não haja um grande volume para ser eliminado.

Como as atividades profissionais em alguns casos são impactadas pelo tratamento o portador de doença renal crônica conta com alguns benefícios governamentais. Nas unidades de diálise a assistente social tem o papel de orientar e encaminhar os pacientes.  Além disso, o paciente e sua família podem receber auxílio psicológico, a fim de que o tratamento tenha o menor impacto na qualidade de vida de todos os envolvidos.

Muitas pessoas ainda sentem insegurança com relação à hemodiálise, mas é muito importante ter em mente que esse tratamento ajuda a salvar vidas. Ele é fundamental para garantir que o doente renal crônico possa esperar com saúde o transplante de rim.

SOBRE O(A) AUTOR(A)
Dra. Sara Mohrbacher CRM SP 146577, possui experiência na área de Clínica Médica, no manejo de pacientes que necessitam internação hospitalar, e nefrologia. Atuando principalmente nos seguintes temas: cuidados como um todo do paciente, interligando suas múltiplas patologias.
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