O transplante renal é um procedimento médico realizado há mais de meio século no Brasil, que consiste em implantar um rim saudável em um paciente que sofre de doença renal crônica em estágio avançado.
Essa técnica é indicada quando o rim doente não pode mais ser tratado e pode ser realizada com a doação de órgãos de uma pessoa viva ou falecida.
Durante o procedimento, o novo órgão é implantado na parte inferior do abdome, mas os rins do paciente não são removidos. Isso significa que o paciente passa a ter três rins, mas apenas o rim doado funcionará normalmente.
Com o transplante, é possível trazer mais qualidade de vida para o paciente, que não precisará mais se submeter a procedimentos de diálise e poderá seguir com uma rotina diária praticamente normal.
Índice
O procedimento de transplante renal é realizado por meio de uma técnica cirúrgica que une os vasos sanguíneos do órgão ao receptor e implanta o ureter do novo rim na bexiga. Existem dois tipos de doadores: vivos e falecidos.
O doador vivo deve estar saudável e pode ser um parente próximo ou uma pessoa sem grau de parentesco com o paciente.
É necessária uma autorização judicial para que essa pessoa possa doar o órgão, já que o comércio de órgãos é ilegal no Brasil. Nesse tipo de doação, o rim costuma funcionar imediatamente após a cirurgia, e é possível agendar a cirurgia com antecedência.
Já no caso de doadores falecidos, a doação só pode ser realizada se a família autorizar o procedimento.
O doador precisa ter sofrido morte cerebral e, em geral, estar em hospitais com o corpo sendo mantido por aparelhos.
O transplante renal que é realizado a partir de um doador falecido é em pessoas que estão na lista de espera na Central de Transplantes.
Nesse tipo de doação, o rim pode levar um tempo maior para começar a funcionar (aproximadamente 2 semanas) e, por isso, pode ser necessário continuar a diálise durante esse período. Após o transplante, os resultados são semelhantes aos da doação com doador vivo.
O transplante renal é indicado para pacientes que apresentam uma doença renal crônica em estágio avançado, quando o rim já não consegue mais exercer suas funções adequadamente.
A diálise é utilizada como tratamento substitutivo, mas não recupera a função do órgão. Portanto, o transplante é recomendado para trazer uma melhor qualidade de vida para o paciente, permitindo que ele tenha mais liberdade em sua rotina diária e deixe de depender de procedimentos de diálise.
O procedimento é geralmente indicado para pacientes que já estão realizando diálise, mas também pode ser programado para a fase avançada da doença renal, desde que haja um doador vivo disponível.
As contraindicações do transplante renal são importantes a se considerar, já que o procedimento só é realizado em pacientes que são bons candidatos para o mesmo.
Antes da cirurgia, o paciente é avaliado para garantir que o procedimento possa ser feito com segurança e viabilidade, considerando as condições clínicas individuais.
Existem algumas razões pelas quais o transplante renal pode ser contra indicado, como infecções não controladas, riscos cirúrgicos, expectativa de vida reduzida, neoplasias em atividade e impossibilidades técnicas.
Além disso, o paciente sempre tem o direito de recusar o procedimento e, em casos de doenças renais reversíveis, um tratamento conservador pode ser realizado.
As contraindicações também se aplicam a pacientes que não têm um completo entendimento do procedimento ou tratamento, aqueles com doenças psiquiátricas não controladas, aqueles que não aderem ao tratamento recomendado e usuários de substâncias ilícitas.
Para pacientes idosos, é feita uma avaliação individualizada para determinar se o procedimento é seguro e benéfico para eles, levando em conta os riscos da cirurgia e a expectativa de vida.
Após o transplante renal, o paciente pode desfrutar de uma melhor qualidade de vida. Embora tenha recebido apenas um rim, este órgão é capaz de desempenhar todas as funções necessárias para manter a saúde em equilíbrio.
Assim, não há mais necessidade de fazer ajustes na dieta, especialmente na ingestão de líquidos.
As atividades diárias também não precisam mais ser limitadas, permitindo que o paciente possa voltar a estudar, trabalhar, praticar exercícios e até mesmo viajar.
No entanto, o acompanhamento médico é necessário para monitorar a saúde do paciente, e a ingestão de medicamentos imunossupressores deve ser adicionada à rotina para prevenir a rejeição do órgão transplantado.
Quando um paciente passa por um transplante renal, seu sistema imunológico identifica o novo rim como um invasor e reage atacando-o. Esse processo, conhecido como rejeição, pode levar à perda do órgão.
É por isso que é necessário que o paciente tome medicamentos imunossupressores para evitar que o sistema imunológico ataque o rim doado.
Embora alguns pacientes possam apresentar um certo grau de rejeição nas primeiras semanas após o transplante, isso pode ser revertido na maioria das vezes.
No entanto, os medicamentos imunossupressores devem ser tomados por toda a vida, pois o sistema imunológico pode atacar o rim doado a qualquer momento, mesmo após décadas.
Apesar disso, o transplante renal é o procedimento que traz maior esperança de vida e melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Após a cirurgia, é possível voltar a ter uma rotina praticamente normal, incluindo atividades como trabalho, estudos, exercícios físicos e viagens. O acompanhamento médico é necessário, mas os pacientes podem ter uma vida plena e saudável.
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