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Hipertensão Arterial e seus efeitos na função renal: Estratégias de controle e prevenção

Atualizado em 24/10/2023
Tempo de leitura: 4 min.

A hipertensão arterial, comumente conhecida como pressão alta, é uma condição em que a força do sangue contra as paredes das artérias é consistentemente elevada. Essa condição pode ter efeitos adversos em vários órgãos do corpo, incluindo os rins. Neste texto, exploraremos os efeitos da hipertensão na função renal e estratégias eficazes para controlar e prevenir danos renais.

Principais Sintomas 

Normalmente, grande parte dos pacientes que estão com hipertensão não apresentam sintomas; por isso é importante realizar a aferição da PA regularmente. Apenas alguns pacientes referem um ou mais destes sintomas:

  • Dor de Cabeça Persistente:

A dor de cabeça, especialmente na parte de trás da cabeça (nuca), pode ser um sintoma de que a pressão está alta. 

  • Tontura ou Sensação de Vertigem:

Sentir-se tonto ou com vertigens, especialmente ao levantar-se rapidamente, pode estar associado à hipertensão.

  • Zumbido nos Ouvidos (Tinnitus):

Um som constante nos ouvidos, conhecido como zumbido, pode ocorrer em algumas pessoas com hipertensão.

  • Visão Turva ou Alterações na Visão:

Visão turva, visão dupla ou outras alterações na visão podem ocorrer em casos de hipertensão grave.

  • Sangramento Nasal Frequente:

Embora não seja comum, algumas pessoas com hipertensão podem experimentar sangramento nasal recorrente.

  • Fadiga ou Fraqueza:

Sentir-se constantemente cansado, fraco ou sem energia pode ser um sintoma associado à hipertensão.

  • Batimentos Cardíacos Irregulares (Arritmias):

A pressão arterial elevada pode levar a arritmias cardíacas, resultando em batimentos cardíacos irregulares.

Efeitos da Hipertensão Arterial na Função Renal:

  • Lesão nas Artérias Renais:

A hipertensão crônica descontrolada pode danificar as artérias que suprem os rins. Essa lesão afeta a capacidade dos rins de filtrar corretamente o sangue e excretar resíduos.

  • Nefrosclerose Hipertensiva:

A hipertensão mal controlada a longo prazo pode levar à nefrosclerose, uma condição caracterizada pela cicatrização e endurecimento dos pequenos vasos sanguíneos nos rins. Isso compromete a função renal ao longo do tempo.

  • Proteinúria:

A hipertensão pode causar vazamento de proteínas na urina (proteinúria), indicando disfunção dos glomérulos renais. A proteinúria é um sinal de dano nos rins.

  • Redução da Filtração Glomerular:

A pressão arterial elevada pode resultar em uma redução da taxa de filtração glomerular, indicando que os rins não estão filtrando o sangue de forma eficiente.

  • Insuficiência Renal Crônica:

A hipertensão é um dos principais fatores de risco para a insuficiência renal crônica. O dano renal progressivo pode levar a uma diminuição gradual da função renal.

Alterações na Regulação do Sal e da Água:

A pressão arterial elevada pode afetar a capacidade dos rins de regular o equilíbrio de sal e água no corpo, levando a alterações nos níveis de fluidos e eletrólitos.

Ativação do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona:

A hipertensão pode desencadear a ativação excessiva do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o que contribui para a vasoconstrição e retenção de sódio, aumentando ainda mais a pressão arterial.

Controle da Hipertensão Arterial para preservar a função renal:

Mudanças no Estilo de Vida:

  • Dieta Saudável: Reduzir a ingestão de sódio, aumentar a ingestão de frutas, vegetais, grãos integrais e alimentos ricos em nutrientes.
  • Exercício Regular: A atividade física regular ajuda a manter a saúde cardiovascular e controlar a pressão arterial.
  • Controle de Peso: A perda de peso pode ter um impacto significativo na redução da pressão arterial.

Medicamentos Anti-hipertensivos:

  • Inibidores da ECA (Enzima Conversora de Angiotensina): Reduzem a pressão arterial bloqueando a formação de angiotensina, uma substância que estreita os vasos sanguíneos.
  • Bloqueadores de Receptores de Angiotensina (BRA): Atuam de forma semelhante aos inibidores da ECA, ajudando a relaxar os vasos sanguíneos.
  • Diuréticos: Promovem a eliminação de excesso de água, reduzindo o volume circulante e consequentemente a pressão arterial.

Monitoramento Regular da Pressão Arterial:

A medição regular da pressão arterial em casa e em consultas médicas é fundamental para monitorar o controle da hipertensão, principalmente se houver acréscimo ou alteração da dose das medicações para a pressão.

  • Gestão do Estresse:

Práticas de gestão do estresse, como meditação, ioga e técnicas de relaxamento, podem ajudar a reduzir a pressão arterial.

  • Limitação do Consumo de Álcool e Tabagismo:

O consumo excessivo de álcool e o tabagismo são fatores que contribuem para a hipertensão. Reduzir ou eliminar esses hábitos pode ter benefícios significativos não só no controle da pressão como em todo organismo.

  • Adesão ao Tratamento Médico:

É crucial seguir as orientações médicas e tomar medicamentos conforme prescrito para garantir o controle eficaz da pressão arterial.

  • Acompanhamento Médico Regular:

Consultas médicas regulares são essenciais para avaliar a eficácia do tratamento, ajustar a medicação conforme necessário e monitorar a função renal.

  • Controle de Outros Fatores de Risco:

Gerenciar outros fatores de risco cardiovascular, como diabetes e colesterol elevado, contribui para a prevenção de danos renais.

  • Supervisão Pediátrica:

Em casos de hipertensão em crianças, a supervisão pediátrica é crucial. A detecção precoce e a gestão adequada ajudam a prevenir danos renais futuros.

De modo geral, a hipertensão arterial descontrolada exerce um impacto significativo na função renal, sendo uma das principais causas de insuficiência renal crônica. No entanto, adotando um estilo de vida saudável, utilizando medicamentos prescritos, monitorando regularmente a pressão arterial e buscando cuidados médicos adequados, é possível controlar efetivamente a hipertensão e preservar a função renal. 

A prevenção e o controle da hipertensão não apenas beneficiam a saúde renal, mas também contribuem para a saúde geral do sistema cardiovascular e reduzem o risco de complicações graves.

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