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Como funciona a doação de órgãos no Brasil?

Atualizado em 20/10/2023
Tempo de leitura: 4 min.

A doação é um procedimento vital que envolve a retirada de órgãos ou tecidos de doadores vivos ou falecidos para serem utilizados no tratamento de receptores que enfrentam diversos problemas de saúde. Essa prática é um ato de extrema importância, pois pode literalmente salvar vidas.

O transplante é um procedimento cirúrgico onde é acrescentado o órgão ou tecido saudável proveniente de um doador, e o que está debilitado só é retirado se houver necessidade.

A doação oferece a possibilidade de obter diversos órgãos e tecidos de um único doador. Rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões estão na lista dos que podem ser doados. Isso significa que inúmeras pessoas podem ser beneficiadas por meio de uma única pessoa. 

Em muitos casos, o transplante é a única esperança de vida ou a oportunidade de um novo começo para aqueles que necessitam desse tipo de doação. Anualmente, milhares de vidas são salvas graças à esse gesto solidário.

Como ser um doador ou receptor no Brasil?

A doação de órgãos no Brasil é regulamentada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), coordenado pelo Ministério da Saúde. Tanto para ser um doador quanto para ser um receptor, existem procedimentos e critérios específicos a serem seguidos:

Para ser um doador é preciso:

Manifestação de vontade

Para se tornar um doador de órgãos no Brasil, é essencial manifestar essa vontade em vida. O ato de doar órgãos é sempre voluntário e sem fins lucrativos. É necessário informar a família sobre a intenção de ser um doador.

Em vida também é possível ser doador a um familiar ou pessoa que você conheça. Caso não tenha vínculo familiar, é necessário uma autorização judicial para que a doação aconteça. 

Consentimento familiar

Mesmo que a pessoa tenha expressado o desejo de ser doadora, a decisão final sobre a doação ocorre após o falecimento, e cabe à família autorizar o procedimento. Por isso, é fundamental conversar com a família sobre a vontade de ser doador, para que ela possa estar ciente e respeitar essa escolha no momento apropriado.

Critérios médicos

Quando uma pessoa falece e é identificada como potencial doadora de órgãos, a equipe médica realiza uma avaliação para verificar se a doação é viável. São considerados critérios médicos, como o estado dos órgãos e tecidos, a compatibilidade com possíveis receptores e outras condições necessárias para a realização do transplante.

Para ser um receptor é preciso:

Indicação médica

Para ser um receptor de órgão ou tecido, a pessoa deve ter uma indicação médica específica que justifique o transplante. Isso ocorre quando o órgão ou tecido do indivíduo está comprometido por uma doença ou condição médica que não pode ser tratada de forma satisfatória com outras terapias.

Inclusão na lista de espera

Após a indicação médica, o paciente entra na lista de espera para o transplante específico que necessita. A distribuição de órgãos é feita de forma centralizada pelo Sistema Nacional de Transplantes, levando em consideração critérios como a gravidade do quadro clínico, a compatibilidade com o doador e a urgência do transplante.

Acompanhamento médico

Enquanto aguarda um órgão ou tecido compatível, o receptor é acompanhado regularmente pela equipe médica para monitorar seu estado de saúde e garantir que ele esteja preparado para o procedimento quando surgir a oportunidade do transplante.

A doação e transplante de órgãos são procedimentos complexos que envolvem diversos profissionais de saúde, estruturas hospitalares e ações coordenadas entre diferentes instituições de saúde. É um processo essencial para salvar vidas e melhorar a qualidade de vida de milhares de pessoas.

Quais os órgãos mais doados no Brasil?

No Brasil, os órgãos mais doados para transplante são os rins e o fígado. Esses dois órgãos são os mais demandados e são utilizados para realizar transplantes em pacientes com doenças renais e hepáticas crônicas.

Os rins são frequentemente doados por pessoas vivas ou após o falecimento. O transplante renal é uma opção eficaz para pacientes com doença renal crônica terminal ou insuficiência renal, permitindo que eles recuperem sua função renal e melhorem significativamente sua qualidade de vida.

No caso do transplante de doador vivo, o outro rim do doador assume as funções e consegue ter uma vida normal.

O fígado também é um órgão com alta demanda para transplantes no Brasil. Pacientes com cirrose hepática, hepatite crônica ou outras condições hepáticas graves podem se beneficiar do transplante de fígado, que pode salvar suas vidas.

Outros órgãos que também são doados e transplantados no Brasil incluem coração, pulmões, pâncreas e intestino. Cada um desses órgãos desempenha funções vitais no corpo e é usado em casos específicos de doenças que afetam esses órgãos.

Além dos órgãos, também existem tecidos que são doados para transplantes no Brasil, como córneas, pele, ossos e tendões. Esses tecidos são utilizados para tratar problemas específicos em pacientes que necessitam de enxertos ou correções em diferentes partes do corpo.

No entanto, é importante ressaltar que a disponibilidade de órgãos e tecidos para transplantes ainda é um desafio no Brasil, como em muitos países. A lista de espera por um órgão pode ser longa, e a conscientização sobre a importância da doação de órgãos é essencial para aumentar a oferta e salvar mais vidas. 

Assim, é fundamental que as pessoas sejam informadas e estejam dispostas a se tornarem doadores, compartilhando seus desejos com a família e tomando a decisão de ajudar a melhorar a vida de outras pessoas que aguardam por uma chance de recuperação.

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Nós somos a Chocair, um grupo de nove médicos especializados em Clínica Médica e Nefrologia, com foco de atuação voltado ao atendimento clínico tanto em ambiente de consultório quanto em internação hospitalar.
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