A diálise é um tratamento essencial para pacientes com doença renal crônica (DRC) em estágios avançados, sendo a principal alternativa para aqueles que aguardam um transplante renal. No Brasil, o acesso a esse tratamento enfrenta diversos desafios, desde a distribuição desigual de centros de diálise até o financiamento do sistema público de saúde.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), estima-se que mais de 140 mil pacientes realizam diálise no país, com um crescimento anual de cerca de 5%. Esse aumento reflete o envelhecimento populacional e a alta incidência de doenças como diabetes e hipertensão, principais causas da DRC. Apesar disso, a infraestrutura para atendimento não cresce no mesmo ritmo, resultando em filas de espera e sobrecarga dos serviços.
Um dos principais desafios é a desigualdade regional. Enquanto grandes centros urbanos possuem múltiplas unidades de diálise, regiões mais afastadas têm poucos ou nenhum serviço especializado, obrigando pacientes a percorrer longas distâncias para realizar o tratamento. Essa realidade compromete a qualidade de vida e aumenta o risco de complicações clínicas.
Outro ponto relevante é a necessidade de maior incentivo a modalidades como a diálise peritoneal e a hemodiálise domiciliar. Essas alternativas podem reduzir custos hospitalares e oferecer mais conforto ao paciente, mas ainda são pouco disseminadas devido à falta de informação, suporte técnico e financiamento adequado.
Além das dificuldades estruturais, há um desafio no treinamento de profissionais qualificados para atuar na nefrologia. A demanda por nefrologistas e enfermeiros especializados tem crescido, mas a formação desses profissionais é demorada e requer incentivos. Programas de capacitação e educação continuada são fundamentais para garantir a qualidade do atendimento prestado aos pacientes renais.
Outra questão importante é a educação e prevenção da Doença Renal Crônica. Campanhas de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e do controle de doenças de base, como diabetes e hipertensão, são essenciais para reduzir a incidência da DRC e a necessidade de diálise.
Os avanços tecnológicos também desempenham um papel crucial na evolução do tratamento da DRC. Novas máquinas de hemodiálise mais eficientes, o uso de telemedicina para monitoramento remoto e pesquisas sobre bioengenharia renal podem transformar o cuidado aos pacientes. Incentivar o desenvolvimento e a adoção dessas tecnologias é essencial para um atendimento mais eficaz e acessível.
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