A diferença do diabetes tipo 1 para o diabetes tipo 2 está no fato de que, no primeiro caso, ocorre redução ou falta de produção de insulina; já no segundo, o organismo desenvolve uma resistência à ação desse hormônio.
O diabetes mellitus é uma doença que se caracteriza pelo aumento dos níveis de glicose no sangue. Quando a concentração de açúcar fica muito alta de forma frequente isso provoca uma série de prejuízos para a saúde; por exemplo, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, renais e oculares.
No entanto, o aumento da taxa de açúcar no sangue não acontece apenas por causa de um fator. Neste artigo você vai entender quais são as diferenças entre o diabetes do tipo 1 e do tipo 2.
Continue lendo para aprender um pouco mais a respeito dessa doença silenciosa, quais os fatores que a desencadeiam, quem pode desenvolver esse problema e como é feito o tratamento do diabetes nos dois casos.
Índice
O diabetes do tipo 1 é um problema que não pode ser prevenido, pois não está relacionado com o tipo de alimentação nem com os hábitos da pessoa; na verdade, consiste em uma condição do seu organismo, muitas vezes um fator hereditário.
Neste tipo de diabetes, o sistema imunológico do indivíduo e as células de defesa atacam as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina. Assim, o organismo gradativamente perde sua capacidade de metabolizar a glicose.
Isso acontece porque a insulina é o hormônio responsável por permitir a entrada da glicose nas células, onde ela será utilizada para produção de energia - essencial para que o organismo desempenhe diferentes funções.
Pelo fato do pâncreas perder sua capacidade de produzir insulina, o açúcar não é utilizado corretamente e se acumula na corrente sanguínea. Assim, o diabetes tipo 1 consiste em um problema que costuma ser diagnosticado em crianças e adolescentes, ainda que cultivem hábitos saudáveis.
Adultos também podem ser diagnosticados com diabetes do tipo 1. Isso porque a produção de insulina, apesar de ainda existir, pode estar insuficiente, e a pessoa conviver com o problema por vários anos, até aparecerem os sintomas ou complicações mais significativas.
Quando é feito o diagnóstico tardio do diabetes do tipo 1, denomina-se diabetes tipo LADA. Geralmente ocorre em pessoas com mais de 35 anos de idade, as quais apresentam uma secreção residual de insulina.
O diabetes do tipo 2 é um problema que pode ser evitado, pois se caracteriza por resistência à ação da insulina. Essa condição se desenvolve com o passar do tempo em função de hábitos inadequados, como alimentação desregrada e sedentarismo, estando fortemente relacionada à obesidade.
A pessoa que desenvolve o diabetes do tipo 2 perde a sensibilidade à insulina. Como as células do organismo estão pouco sensíveis à ação da insulina, o pâncreas precisa aumentar a quantidade produzida para controlar o nível de açúcar na corrente sanguínea.
Esse tipo de diabetes não é frequente em crianças. Entretanto, em função dos hábitos inadequados que estão sendo cultivados, estamos vendo casos de diabetes tipo 2 em pacientes cada vez mais jovens.
Como você pôde ver, no diabetes do tipo 1 e do tipo 2, o aumento dos níveis de açúcar no sangue ocorre por fatores diferentes. No tipo 1 está relacionado com uma condição orgânica, que faz com que o pâncreas reduza a quantidade ou pare de produzir a insulina; no tipo 2, o organismo apresenta resistência à ação da insulina.
Além disso, os sintomas de diabetes podem ser distintos. No caso do tipo 1, as manifestações mais frequentes são:
Os sintomas de diabetes do tipo 2 são relacionados às complicações da doença e podem incluir:
É importante observar que existe ainda outro tipo de doença com elevação de açúcar no sangue: o diabetes gestacional. Neste caso, o aumento do nível de glicose no sangue é diagnosticado na mulher durante a gestação.
Essa alteração acontece porque existe um aumento do volume corporal da mulher, e nem sempre o pâncreas consegue suprir as novas necessidades orgânicas da mãe e também as do bebê. A tendência é de que o nível de glicose se normalize depois do parto.
Mesmo assim, mulheres que desenvolvem diabetes gestacional precisam fazer o acompanhamento médico e adotar uma rotina de cuidados. Isto porque o diabetes gestacional é fator de risco para desenvolvimento do diabetes tipo 2.
Como dito anteriormente, o diabetes tipo 1 é um problema que não pode ser prevenido, pois trata-se de uma condição do organismo da pessoa. Existe um risco maior de ter o problema quando há diagnósticos da doença na família, como entre um dos pais ou os irmãos.
Logo, não há uma idade para que o diabetes do tipo 1 aconteça. Ele pode ser diagnosticado em qualquer fase da vida, de uma forma acidental, durante a realização de exames de rotina, ou em função da manifestação dos sintomas que levam à necessidade de procurar ajuda médica.
O diabetes do tipo 2, por ser um problema que evolui gradativamente, costuma ser diagnosticado com mais frequência em pessoas acima de 40 anos de idade. Porém, pode atingir mais jovens, dependendo dos hábitos de vida.
Como dito, as crianças podem ter diabetes do tipo 2, quando não recebem uma alimentação adequada, em casos de obesidade infantil ou de sedentarismo. Mas convém ressaltar que embora essa doença esteja muito associada a pessoas obesas, aquelas com peso saudável também podem ser diabéticas.
Por isso, é fundamental fazer o acompanhamento médico realizando os exames de rotina, a fim de identificar a fase pré-diabetes. Nesse estágio, os níveis de açúcar começam a ficar preocupantes.
O diabetes do tipo 1, tipo 2 e a fase pré-diabetes podem ser diagnosticados por meio de exames de sangue (glicemia de jejum e hemoglobina glicosilada).
A realização do exame é importante para definir se a pessoa está com níveis adequados de açúcar na corrente sanguínea, se já está alcançando níveis preocupantes que antecedem o diabetes ou se a doença já se instalou.
Além disso, esses exames ajudam a indicar em números essa concentração, o que permite ao médico verificar se a pessoa está em um quadro mais grave ou mais leve da doença. Essa informação é fundamental para que possa conduzir o tratamento da melhor maneira de acordo com cada necessidade.
Convém ressaltar que o diabetes é uma doença silenciosa. Ele se instala de forma lenta, trazendo prejuízos para outros órgãos. Se não houver acompanhamento médico, mesmo na ausência de sintomas, existe o risco de a doença ser diagnosticada quando estiver grave e com complicações para o organismo.
Existe sempre a recomendação para prevenir o diabetes porque essa é uma doença que não tem cura. Tanto no tipo 1 quanto no tipo 2, conseguimos fazer o controle do diabetes, mas a pessoa precisará de um tratamento permanente para manter os níveis de glicose adequados em seu organismo.
Como estamos falando de problemas diferentes, a forma de tratar essas duas variações do diabetes também são distintas. No primeiro caso, do diabetes tipo 1, o pâncreas não consegue suprir as necessidades do organismo em relação à insulina, assim, precisamos oferecer esse hormônio para ele de uma forma sintética.
O controle do diabetes tipo 1 é feito por meio da medição da concentração de glicose e da aplicação de injeções de insulina. A dosagem e a frequência dessas injeções varia de acordo com a necessidade de cada paciente.
Também é muito importante manter uma dieta balanceada, praticar exercícios físicos e cultivar hábitos saudáveis. Dessa forma, garantimos para o organismo condições favoráveis para o seu bom funcionamento, mantendo o equilíbrio.
O controle do diabetes do tipo 2 também é feito por meio da adoção de uma alimentação específica, do combate ao sedentarismo, do controle do peso corporal e evitando hábitos nocivos, como o tabagismo e a ingestão de bebidas alcoólicas.
Tudo isso vai contribuir para manter os níveis de açúcar no sangue adequados. Além de evitar problemas que possam agravar o diabetes, prevenimos agressões maiores para os órgãos que já são prejudicados pela doença, como no caso dos rins.
Pode ser necessário fazer uso de medicamentos para contribuir com o controle do diabetes do tipo 2. A pessoa receberá ainda outras recomendações, como em relação a sua saúde ocular e o cuidado com os pés.
O controle do diabetes é fundamental porque, como dito, ele pode trazer uma série de complicações para órgãos como os nervos, os olhos, o coração, as artérias e os rins. Também desencadear condições muito graves, como a cetoacidose diabética, que pode levar o indivíduo a óbito.
Confira também, nosso vídeo sobre o tema:
Portanto, a prevenção é o melhor caminho, e quanto antes as pequenas alterações de glicose no sangue forem identificadas, melhor, para já se iniciar o tratamento de forma precoce. No caso das pessoas diagnosticadas com diabetes, é essencial o acompanhamento médico e realizar o tratamento com rigor, já que essa é uma doença séria.
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