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Hipertensão e doença renal crônica: uma relação prejudicial

Atualizado em 10/12/2024
Tempo de leitura: 4 min.

A hipertensão arterial e a doença renal crônica (DRC) são condições interligadas que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. Ambas as condições não apenas têm um impacto significativo na saúde individual, mas também geram um grande ônus para os sistemas de saúde. 

Assim, vamos entender a relação entre hipertensão e a doença renal crônica, suas causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e a importância da prevenção.

O que é hipertensão arterial?

A hipertensão arterial, ou pressão alta, é uma condição em que a pressão nas artérias está persistentemente elevada acima de níveis considerados saudáveis. Essa condição é frequentemente chamada de “assassina silenciosa”, pois muitas vezes não apresenta sintomas visíveis até que ocorram complicações sérias, como doenças cardíacas ou derrames. A pressão arterial é considerada alta quando os valores são iguais ou superiores a 140/90 mmHg. Hoje, já consideramos pré hipertensos, aquelas pessoas com pressão arterial superior a 130 x 80 mmhg.

Causas da hipertensão

As causas da hipertensão podem ser primárias (essenciais), quando não há uma causa identificável, ou secundárias, quando resultam de outras condições de saúde, como doenças renais, problemas hormonais ou uso de certos medicamentos. Fatores de risco incluem:

  • Idade avançada;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Consumo excessivo de sódio;
  • Estresse;
  • Consumo de álcool.

O que é doença renal crônica?

A doença renal crônica é uma condição progressiva que resulta na perda gradual da função renal ao longo do tempo. Os rins são responsáveis por filtrar resíduos e excesso de líquidos do sangue, além de regular a pressão arterial, equilibrar eletrólitos e produzir hormônios. Quando os rins não funcionam adequadamente, podem ocorrer complicações severas.

Principais estágios

A DRC é dividida em cinco estágios, que vão desde a função renal normal até a insuficiência renal terminal:

  • Estágio 1: leve diminuição da função renal, geralmente assintomático.
  • Estágio 2: diminuição leve a moderada da função renal, com possibilidade de sintomas leves.
  • Estágio 3: diminuição moderada da função renal; sintomas podem começar a aparecer.
  • Estágio 4: diminuição severa da função renal; preparação para diálise ou transplante.
  • Estágio 5: insuficiência renal terminal, exigindo diálise ou transplante renal.

A relação entre hipertensão e doença renal crônica

A relação entre hipertensão e doença renal crônica é complexa. A pressão arterial elevada por muito tempo pode danificar os vasos sanguíneos dos rins. Isso compromete a função renal e pode levar ao desenvolvimento de doença renal crônica.

Por outro lado, a doença renal crônica interfere na regulação da pressão arterial, uma vez que os rins danificados não conseguem equilibrar os fluidos e eletrólitos de forma eficaz, resultando em pressão arterial elevada. Assim, o manejo de ambas as condições é crucial para evitar complicações sérias.

Sintomas da hipertensão

Muitas vezes, a hipertensão não apresenta sintomas, mas pode ser identificada através de medições regulares da pressão arterial. Em casos de hipertensão grave, podem ocorrer sintomas como:

  • Dor de cabeça;
  • Tontura;
  • Visão embaçada;
  • Falta de ar;
  • Sangramento nasal.

Sintomas da doença renal crônica

Os principais sintomas podem ser sutis nos estágios iniciais e podem incluir:

  • Fadiga;
  • Inchaço nas pernas, tornozelos ou pés;
  • Mudanças na frequência urinária;
  • Náuseas e vômitos;
  • Coceira;
  • Dificuldade em se concentrar.

Diagnóstico

O diagnóstico de hipertensão é feito por meio de medições regulares da pressão arterial. Para a DRC, exames laboratoriais, como testes de sangue e urina, são usados para avaliar a função renal. A taxa de filtração glomerular (TFG) é uma medida comum da função renal e ajuda a determinar o estágio da DRC.

Tratamento da hipertensão

O tratamento da hipertensão geralmente envolve mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos. Algumas abordagens incluem:

  • Mudanças na dieta: Reduzir a ingestão de sódio, adotar uma dieta rica em frutas, vegetais e grãos integrais.
  • Exercício regular: A atividade física ajuda a reduzir a pressão arterial e melhorar a saúde cardiovascular.
  • Medicamentos: Anti-Hipertensivos e diuréticos, podem ser prescritos por um médico para auxiliar no tratamento..

Tratamento da doença renal crônica

O tratamento depende do estágio e das causas subjacentes. Pode incluir:

  • Mudanças na dieta: dietas com baixo teor de sódio e proteína podem ser recomendadas para proteger a função renal.
  • Medicamentos: o controle da pressão arterial e do diabetes, se presente, é crucial. Medicamentos prescritos por um nefrologista e que auxiliam no controle da doença.
  • Diálise ou transplante: dos estágios finais da da doença renal crônica, a diálise ou o transplante renal podem ser necessários.

Prevenção

A prevenção da hipertensão e da DRC é fundamental para a saúde a longo prazo. Algumas dicas incluem:

  • Mantenha um peso saudável: o excesso de peso pode aumentar a pressão arterial e o risco de DRC.
  • Alimente-se de forma saudável: uma dieta balanceada rica em frutas, vegetais e grãos integrais é benéfica.
  • Exercite-se regularmente: atividade física regular ajuda a controlar o peso e a pressão arterial.
  • Monitore a pressão arterial: check-ups regulares podem ajudar na detecção precoce da hipertensão.
  • Evite o tabaco e limite o álcool: o tabagismo e o consumo excessivo de álcool estão associados ao aumento da pressão arterial e ao risco de DRC.

A hipertensão e a doença renal crônica são condições interligadas que requerem atenção e manejo adequados. A conscientização sobre a importância do controle da pressão arterial e a promoção de hábitos saudáveis podem fazer uma grande diferença na prevenção e no tratamento dessas doenças.

Consultar um profissional de saúde para avaliações regulares e orientações personalizadas é essencial para manter a saúde renal e cardiovascular. Ao cuidar do nosso corpo e promover a saúde, podemos viver vidas mais longas e saudáveis, minimizando o impacto dessas condições interrelacionadas.

Referência

PINHO, N. A. DE; OLIVEIRA, R. DE C. B. DE; PIERIN, A. M. G. Hipertensos com e sem doença renal: avaliação de fatores de risco. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 49, n. spe, p. 101–108, dez. 2015. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/reeusp/a/KhcZm5XyRHCqSztJx4s6Ldh/#:~:text=A%20associa%C3%A7%C3%A3o%20entre%20hipertens%C3%A3o%20e,progress%C3%A3o%20at%C3%A9%20o%20est%C3%A1gio%20terminal.> Acesso em 19 de Setembro de 2024.

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