A glomerulonefrite é uma doença que afeta o glomérulo, estrutura dos rins responsável por fazer a filtração do sangue.
Essa doença compromete as funções dos glomérulos impedindo que eles realizem corretamente a filtragem do sangue. Dessa forma, as toxinas e o excesso de líquido, que deveriam ser eliminados, acabam se acumulando no organismo, gerando diversas complicações.
Neste artigo você vai aprender um pouco mais a respeito da glomerulonefrite. Então, continue lendo para conferir!
Índice
A glomerulonefrite, também chamada de glomerulopatia, é uma doença renal que atinge os pequenos vasos sanguíneos presentes nos rins, ou seja, os glomérulos. Eles atuam como filtros, fazendo a separação de substâncias e do excesso de líquidos, que formarão a urina para serem eliminados do corpo.
Existem diferentes tipos de glomerulonefrite, sendo que elas podem ser classificadas de acordo com as suas causas e características como:
Os quadros classificados como glomerulonefrite primária são aqueles em que a doença atinge de forma direta o glomérulo. Nesse caso pode ser, por exemplo, por alteração imunológica decorrente de infecção viral ou bacteriana. A glomerulonefrite pós-estreptocócica, que é um tipo de glomerulonefrite pós-infecciosa, é um exemplo dessa condição primária. E ainda condições não infecciosas como nefropatia por Iga.
Já no caso das glomerulonefrites classificadas como secundárias, são em decorrência de outras condições clínicas que acabam prejudicando o funcionamento do glomérulo. As mais frequentes são hipertensão e diabetes. E ainda decorrente de hepatites B e C; HIV e lupus. Entre as causas hereditárias podemos citar doença de Alport e Fabry. As glomerulopatias agudas iniciam a sintomatologia de maneira abrupta enquanto as crônicas são de maneira insidiosa.
A glomerulonefrite pode se manifestar como Síndrome nefrítica ou Síndrome nefrótica.
A síndrome nefrítica se caracteriza por inflamação dos glomérulos. O paciente vai apresentar quadros clínicos e sintomas como:
A síndrome nefrótica é um distúrbio dos glomérulos (aglomerados de vasos sanguíneos microscópicos nos rins que têm pequenos poros através dos quais o sangue é filtrado) em que quantidades excessivas de proteína são excretadas na urina. A excreção de proteína excessiva tipicamente leva ao acúmulo de líquido no corpo (edema) e níveis baixos de albumina de proteína e altos níveis de gorduras no sangue.
Os sinais e sintomas da doença nem sempre estão presentes. É por isso que pacientes com esse quadro podem ter um atraso no diagnóstico prejudicando, assim, o tratamento da doença. Entretanto podem ser percebidos sintomas como:
Através da avaliação da história clínica do paciente mais exames laboratoriais, sendo muito importante exame de urina tipo 1, além de exame de imagem do sistema urinário. A depender desse conjunto pode ser indicada uma biópsia renal para estabelecer o diagnóstico.
Como você viu, existem diferentes tipos de glomerulonefrite, e é por isso que o tratamento dessa doença varia para cada paciente. Ele é realizado de acordo com o tipo que foi diagnosticado, e também as condições clínicas que a pessoa já apresenta.
Em geral é necessário fazer mudança de hábitos e um acompanhamento médico rigoroso para orientar o melhor cuidado para cada paciente de acordo com sua condição clínica.
Em glomerulopatia secundária, por ser decorrente de outras doenças, requer o uso de medicações que vão controlar a doença que está causando a glomerulopatia.
Em alguns casos pode ser necessário o uso de terapia imunossupressoras e plasmaférese.
É importante ressaltar que existem casos de glomerulonefrite rapidamente progressiva, e aqueles que levam a um comprometimento severo da função dos rins provocando insuficiência renal. Por isso, alguns pacientes também podem precisar de sessões de diálise.
Lembrando que não são todos os pacientes com glomerulonefrite que vão precisar realizar a diálise. Isso é apenas para os quadros mais graves em que não é suficiente o uso de medicamentos, e para aqueles que já estão com sintomas muito intensos, ou com o risco de comprometimento severo da sua saúde.
Você viu que existem alguns fatores de risco para desenvolver a glomerulonefrite, em especial no caso dos pacientes que apresentam doenças autoimunes, condições hereditárias e problemas sistêmicos, como a hipertensão arterial e o diabetes.
Entretanto, é possível adotar algumas medidas para evitar ao máximo as lesões nas estruturas renais. Para aqueles que já apresentam condições clínicas, é muito importante realizar o devido tratamento delas, seja por meio da administração de medicamentos ou da adoção de hábitos mais adequados para controlar a pressão arterial e as taxas de glicose no sangue.
Aqueles que estão em grupos de risco precisam fazer um acompanhamento com especialista. Não se esqueça de observar quaisquer possíveis sintomas e, em caso de dúvida, procure um nefrologista.
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Muito bem explicado.
Agradecemos pelo comentário, Maria!
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