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Como funciona a hemodiálise e quando ela é necessária?

Atualizado em 27/07/2021
Tempo de leitura: 3 min.
A imagem mostra uma bolsa de sangue pendurada.

A hemodiálise é um procedimento que consiste na utilização de uma máquina para cumprir as funções do rim de filtrar e limpar o sangue. Ela é indicada para os casos em que ocorre uma perda significativa da função renal podendo colocar o paciente em risco de vida.

O corpo humano, naturalmente, produz resíduos durante os seus processos metabólicos. Além disso, ocorre o acúmulo de líquidos, sais minerais e toxinas, que precisam ser eliminados do corpo. São os rins que filtram o sangue para separar essas substâncias que não serão utilizadas, mas nem sempre eles conseguem cumprir essa função, quando isso acontece precisamos realizar que pode ser momentânea ou prolongada.

Esse é um procedimento muito importante porque possibilita aos pacientes com doença renal crônica manterem o equilíbrio dos líquidos, sais minerais e outras substâncias presentes no sangue, além de fazer o controle da pressão arterial e preservar a saúde de um modo geral.

Mas você sabe quando a hemodiálise é realmente necessária e de que maneira é feita? Continue lendo o artigo para conferir!

Quando é necessário fazer a hemodiálise?

Quando os rins adoecem ou sofrem lesões, dependendo da gravidade desses problemas, ocorre um comprometimento das suas funções, o que pode ser um quadro agudo ou crônico. Nesses casos, os rins não conseguem filtrar e limpar o sangue adequadamente, exigindo a realização da hemodiálise.

Ela é necessária para os pacientes que começam a apresentar sinais e sintomas de insuficiência renal, além de alterações em exames de sangue e urina como: elevação da ureia, creatinina e potássio de forma preocupante.

Também quando o médico nefrologista identifica outras manifestações que caracterizam a insuficiência dos rins, como uma baixa quantidade de produção de urina, a retenção de líquidos no corpo, a presença de anemia, desnutrição ou de doença óssea. Esses e outros sinais que indicam que os rins não estão conseguindo mais cumprir suas funções apontando para a necessidade de iniciar as sessões de hemodiálise. No entanto, o início da diálise é definida individualmente e personalizada para cada paciente, pois existem tratamentos medicamentos prévios que podem postergar seu início.

Como a hemodiálise é realizada?

Na hemodiálise é utilizada uma máquina para cumprir as funções dos rins. O paciente é ligado a essa máquina por meio de um acesso vascular, que pode ser uma fístula arteriovenosa ou um cateter. O sangue é enviado para o filtro de diálise, onde ocorrem trocas do sangue com as soluções da diálise por uma membrana semipermeável, que separa as toxinas e resíduos em excesso, devolvendo um sangue limpo para seu corpo pelo mesmo acesso vascular.

Podem ser realizadas de duas a seis sessões de hemodiálise por semana, com duração de variável (entre 2 a 4 horas), o que depende da situação clínica de cada paciente. Existem casos em que é necessário fazer uma sessão por dia para melhor controle e qualidade de vida do paciente.

Periodicamente, o médico nefrologista solicita exames laboratoriais para acompanhar o quadro de saúde do paciente e verificar se o tratamento está sendo aplicado de forma adequada. Quando não, são feitos ajustes até atingir os resultados desejados.

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Como é a rotina de uma pessoa que faz hemodiálise?

As sessões de hemodiálise são fundamentais para que o paciente se mantenha saudável e sejam evitadas as complicações decorrentes da doença renal. Por isso, é muito importante a adesão ao tratamento estabelecido.

Os pacientes, de modo geral, conseguem equilibrar sua rotina com as sessões de hemodiálise. Dependendo das suas condições clínicas, é possível continuar trabalhando, praticar esportes, realizar atividades físicas, ter momentos de lazer e vida social, como qualquer outra pessoa.

Inclusive, pacientes que fazem hemodiálise também podem viajar. Isso porque tanto no Brasil quanto no exterior as clínicas de hemodiálise compartilham um sistema que permite ao paciente realizar as sessões fora da sua cidade, é a chamada diálise em trânsito, desde de que seja planejado de forma antecipada.

De toda forma, é verdade que algumas adequações precisam ser feitas, justamente para que as sessões de hemodiálise sejam encaixadas na rotina e para que os hábitos adotados estejam coerentes às condições de cada paciente.

Faz parte do tratamento dialítico a elaboração de uma dieta balanceada para cada pessoa, bem como acompanhamento da quantidade de líquidos ingeridos para evitar excessos que poderiam comprometer a saúde e prejudicar o tratamento.

É importante ressaltar que é possível conversar com o médico e a equipe multidisciplinar para adequar as sessões de hemodiálise à rotina do paciente, para que ele possa continuar com suas outras atividades de vida e também realizando o tratamento dialítico, sempre preservando sua saúde e qualidade de vida.

SOBRE O(A) AUTOR(A)
Dr. Victor Augusto Hamamoto Sato CRM SP 124682, possui título de especialista em nefrologia pela sociedade brasileira de nefrologia e é membro da Chocair Nefrologia e Clínica Médica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
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