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Nefropatia diabética: O que é, como diagnosticar e como tratar

Atualizado em 27/07/2021
Tempo de leitura: 4 min.
A imagem mostra as duas mãos de um médico e a mão esquerda do paciente. A mão esquerda do médico está segurando a mão esquerda do paciente e a mão direita do médico está segurando um furador de dedo para diabetes que está inserido no dedo do paciente.

A nefropatia diabética é uma doença que afeta os rins provocando uma alteração em seus vasos sanguíneos. Ela é causada pelo diabetes tipo 1 e tipo 2 e, se não tratada adequadamente, tende a evoluir com o tempo e levar à insuficiência renal.

O diabetes é uma doença sistêmica que provoca alterações em todo o organismo. Quando ele não é bem controlado, diversos órgãos sofrem complicações. No caso dos rins, eles podem desenvolver a nefropatia diabética.

Essa condição afeta o funcionamento dos rins interferindo no modo como eles filtram o sangue. Com o passar do tempo, se o diabetes não for controlado, a tendência é o agravamento dessa condição, com a perda progressiva das funções renais.

Preparamos este artigo para explicar com mais detalhes sobre essa doença para que você saiba o que ela é, seus sintomas complicações e mais. Continue lendo para conferir!

O que é nefropatia diabética?

A nefropatia diabética junto com a hipertensão arterial são as maiores causas de doença renal crônica. Esta patologia ocorre como uma das complicações do diabetes quando o controle glicêmico não é feito de modo adequado. O descontrole das taxas de açúcar no sangue compromete os vasos sanguíneos dos rins, afetando a sua função de filtrar o sangue.

Com isso, substâncias que deveriam ser excretadas podem se acumular no organismo, e aquelas que deveriam ficar retidas acabam sendo expelidas por meio da urina. Geralmente, em quadros de nefropatia diabética pode ser percebida a excreção urinária de albumina, um tipo de proteína importante para o organismo humano.

É válido ressaltar que o fato de uma pessoa ser diagnosticada diabética, seja ela portadora do tipo 1 ou do tipo 2 do diabetes a doença sempre vai evoluir, todavia, o controle inadequado da glicemia resulta em progressão mais rápida.

Sendo assim, a causa da nefropatia diabética, embora seja o diabetes, é na verdade o descuido com essa doença. Quando os pacientes com diabetes fazem o acompanhamento médico adequadamente é possível preservar a saúde dos rins.

Quais são os sintomas da nefropatia diabética?

Uma das maiores preocupações com a nefropatia diabética é o fato de ela ser uma doença silenciosa. A lesão renal se inicia de uma forma muito discreta, mas se não for controlada existe o risco de progressão. Assim, a função renal é dificultada aos poucos atrapalhando a filtragem do sangue, conforme explicamos.

Por isso, quando no começo, o paciente com nefropatia diabética pode não apresentar qualquer sintoma. Entretanto, como esse problema afeta os glomérulos renais eles começam a deixar passar a proteína, provocando como principal sintoma a presença de espuma na urina.

Outros sintomas que são característicos dessa doença renal em pessoas diabéticas, e que podem se manifestar eventualmente, são:

  • inchaços nos pés, mãos e tornozelos;
  • inchaço corporal ou ganho de peso;
  • perda de apetite;
  • indisposição;
  • cansaço;
  • náuseas e vômitos;
  • dores de cabeça.

Quais complicações a nefropatia provoca?

Você viu que os danos que a nefropatia diabética provoca aos rins levam a um aumento da concentração de proteína na urina. Se não receber tratamento, a tendência é de, com passar do tempo, o problema se intensificar, pois a nefropatia diabética evolui de forma lenta.

A presença de espuma na urina começa a acontecer na segunda fase da doença, quando há um dano estrutural ao glomérulo e a albumina passa a ser excretada. Também durante o início dessa doença pode ser identificada uma ligeira alteração na pressão arterial, que fica mais elevada, e isso acaba se tornando um risco maior de complicação.

Quando o paciente apresenta hipertensão arterial essa condição acaba prejudicando o funcionamento dos rins. Por isso, a suscetibilidade para desenvolver a doença renal crônica é aumentada. Um problema intensifica o outro.

A falta de tratamento no início do problema leva à nefropatia crônica. Pacientes com essa condição apresentam um aumento de substâncias como a creatinina no sangue. Também há uma elevação significativa da pressão arterial somada à disfunção dos rins.

Como a nefropatia diabética é diagnosticada?

Explicamos que a nefropatia diabética é uma doença silenciosa, portanto, não há como saber se os rins estão funcionando bem se não forem feitos exames. Eles ajudam a analisar a concentração de substâncias no sangue, bem como da proteína na urina.

Um dos procedimentos que podem ser solicitados é o exame de microalbuminúria, que identifica a presença de albumina na amostra de urina. Além disso, exames de sangue como a dosagem da creatinina sérica podem ser solicitados para além de fazer o diagnóstico da doença renal crônica e permitir a graduação da função renal..

É possível tratar a nefropatia diabética?

É possível desacelerar os danos aos rins, e o quanto antes isso for feito melhor. Ainda que o paciente já esteja apresentando um aumento de proteína na urina, quando o diabetes é bem controlado é possível evitar o agravamento dessa condição e até mesmo revertê-la. Para isso a o paciente deve procurar auxílio e seguimento clínico com o nefrologista.

Também é necessário fazer o controle da pressão arterial e adotar hábitos mais saudáveis para que os níveis de colesterol sejam mantidos sob controle. É recomendado manter uma dieta balanceada, redução do peso nos pacientes obesos e evitar o tabagismo.

Pacientes que já apresentam um quadro muito avançado de nefropatia com a manifestação da insuficiência renal podem precisar de sessões de diálise. Muitos se tornam candidatos ao transplante de rim, a fim de recuperar as funções desse órgão.

É importante lembrar que a nefropatia diabética é uma doença com potencial progressivo, sendo que em pessoas com diabetes do tipo 1 isso ocorre em 50% dos casos. Sendo assim, é fundamental manter um controle rigoroso do diabetes e fazer o acompanhamento constante para evitar que a nefropatia progrida.

SOBRE O(A) AUTOR(A)
Dr. Américo Lourenço Cuvello Neto CRM SP 74761, possui título de especialista em nefrologia pela sociedade brasileira de nefrologia e é membro da Chocair Nefrologia e Clínica Médica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
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