A hemodiálise é um tratamento muito importante para pessoas que sofrem com insuficiência renal. No entanto, por ser um procedimento com certo grau de invasividade, é preciso garantir mais conforto para o paciente além da sua segurança. Isso é proporcionado por meio da confecção de uma fístula arteriovenosa.
A fístula arteriovenosa é um tipo de acesso vascular feito a partir da conexão cirúrgica de uma artéria e uma veia. O objetivo é utilizar o fluxo de sangue mais forte presente na artéria redirecionando-o para a veia através da fístula, assim o calibre da veia aumenta para que ela possa ser utilizada de uma forma mais fácil e segura nas sessões de hemodiálise.
Se ainda parece complicado, continue lendo, porque neste post explicamos tudo que você precisa saber sobre a fístula arteriovenosa e a sua importância para o procedimento de hemodiálise. Acompanhe!
Índice
Uma parte dos pacientes que apresentam comprometimento total do funcionamento dos rins precisam realizar sessões de hemodiálise. Onde o sangue é filtrado por uma máquina, removendo impurezas, toxinas e eliminando o excesso de líquido, substituindo de forma bem satisfatória a função dos rins. Assim, garantimos a limpeza do sangue do organismo do paciente.
No entanto, se a hemodiálise fosse realizada em uma artéria ou uma veia comum do corpo haveria o risco de sobrecarregá-la, por causa do alto fluxo sanguíneo que circula por ali durante as sessões. Por isso, é confeccionada uma fístula arteriovenosa (FAV).
A fístula arteriovenosa consiste em um acesso vascular confeccionado por um cirurgião vascular para facilitar o procedimento de hemodiálise. Aumenta-se o calibre de uma veia para que ela consiga suportar a saída e entrada do sangue no organismo através de agulhas, que acontece de uma forma mais rápida e turbulenta, causando um processo vibratório chamado de frêmito.
Para o paciente, é mais seguro que as sessões de hemodiálise sejam feitas pela fístula arteriovenosa porque ela suporta mais o fluxo de sangue necessário para a filtragem.
A confecção da FAV é realizada por um especialista em cirurgia vascular. Consiste em um procedimento cirúrgico, mas considerado simples, por ser rápida, pode até ser feita com anestesia local e o paciente pode ser liberado logo em seguida.
A fístula arteriovenosa para hemodiálise é obtida por meio da junção de uma artéria e uma veia. A artéria tem um calibre maior, sendo que a sua função é conduzir o sangue rico em oxigênio para o organismo; já a veia encaminha para o pulmão o sangue que foi utilizado pelas células e está rico em gás carbônico, que será eliminado do organismo por meio da expiração.
Ao juntar veia e artéria obtemos uma estrutura com um calibre maior ainda, o que possibilita ou facilita a punção e o trânsito sanguíneo, conforme explicamos. A preferência é para que a FAV seja confeccionada nos membros superiores.
Geralmente, ela é feita na região do antebraço do lado menos utilizado pelo paciente. Assim, se ele for destro, a fístula é confeccionada no braço esquerdo. Também é possível fazer a FAV na região do cotovelo e nos membros inferiores. Nesse último, apenas em casos muito específicos, pois não consiste em uma prática de rotina.
Depois que a FAV é confeccionada ela ainda não pode ser utilizada porque não está madura o suficiente, e as punções oferecem um risco de complicações maior. É preciso esperar cerca de dois meses para que ela mature e esteja pronta para ser utilizada nas sessões de hemodiálise.
A FAV possui algumas vantagens:
E desvantagens:
Diferente do que acontece com outros acessos que envolvem a utilização de cateteres, a fístula arteriovenosa tem um risco menor de infecções. Também provoca menos limitações no braço, apesar de ser recomendado utilizá-lo o menos possível.
Assim, o paciente precisa tomar alguns cuidados para não comprometer sua fístula, e garantir que ela esteja sempre em boas condições e saudável para a realização da hemodiálise. Portanto, após a confecção, é preciso ter cuidado com a higiene do local, para que não haja inflamações ou infecções.
Durante esse período de maturação, o especialista também poderá recomendar exercícios específicos para que as veias sofram um processo de dilatação e se fortaleçam. Dessa forma, temos uma estrutura ainda mais forte para as punções e o fluxo de sangue.
É importante evitar pressões no braço em que a fístula foi feita, então, o ideal é não apertá-lo e evitar dormir em cima dele. É indicado ao paciente, ainda, não carregar pesos com esse braço que tem a fístula.
Exames de rotina, como aferição da pressão arterial e coletas de amostra de sangue, não devem ser realizados nesse braço. Devem ser evitadas quaisquer situações que possam prejudicar a circulação no braço, como um acessório ou roupa apertada, até mesmo um curativo que envolva todo ele.
No dia a dia, o ideal é não remover os pêlos próximos à fístula. Também não devem ser utilizados cosméticos ou medicamentos sem a liberação do médico, e devem ser mantidos os exercícios conforme a orientação do especialista.
Toda a preparação da fístula para realização da hemodiálise será feita pelos enfermeiros ou responsáveis por seu cuidado na clínica. Portanto, evite qualquer medida que não tenha sido recomendada pelo seu médico.
Mais um cuidado importante é monitorar o funcionamento da fístula. Isso é feito pela percepção do frêmito, o tremor causado pelo fluxo sanguíneo do qual falamos. Essa vibração precisa estar presente, então, se você não senti-la, o ideal é procurar ajuda médica o quanto antes, até mesmo em um atendimento de emergência.
Seguindo todos os cuidados e as recomendações do médico, a fístula arteriovenosa é um acesso muito seguro para a realização de sessões de hemodiálise. Isso também por eliminar a necessidade de usar cateteres, que oferecem um risco maior de infecções.
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