O transplante renal é uma das modalidades de tratamento para aqueles que sofrem de insuficiência renal avançada, estado no qual os rins do paciente não funcionam mais de forma satisfatória. A outra modalidade é a diálise. Diferente desta última, que é uma forma de substituir de maneira artificial as funções dos rins, o transplante renal constitui-se de um procedimento cirúrgico em que ocorre a transferência de um rim de um indivíduo para outro. O paciente com insuficiência renal avançada, em fase terminal, recebe um rim saudável capaz de realizar todas as suas tarefas de maneira completa.
A doença renal crônica é um problema que se caracteriza pela perda progressiva das funções dos rins. Esses órgãos, entre outros papéis, são responsáveis por filtrar o sangue para eliminar do organismo resíduos e substâncias que não serão aproveitados e que podem se tornar tóxicas quando em excesso.
Na doença renal crônica, existe um grande prejuízo para essa função, que é vital para o ser humano. Por isso, é preciso que ela seja realizada de uma forma artificial, por meio das sessões de hemodiálise, já que não é possível reverter o problema.
Entretanto, um paciente não precisa realizar a hemodiálise para o resto da vida. Ele tem a opção de se candidatar ao transplante de rim. Mas será que vale a pena? Continue lendo para descobrir.
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Uma das características preocupantes da doença renal crônica é o fato de ela ser uma condição que não tem cura. Isso significa que ainda não existem medicamentos ou procedimentos que façam com que o rim da pessoa doente volte a funcionar como antes.
Na verdade, a tendência da doença renal crônica é um agravamento progressivo, em especial se não forem tomados os devidos cuidados para estacionar o problema. Assim, se o paciente não realizar o tratamento de modo adequado, ele pode acelerar a piora da função de seus rins.
A hemodiálise é um procedimento realizado com o objetivo de substituir artificialmente a função do rim de filtrar o sangue. Ela impede o acúmulo de toxinas e outras substâncias indesejáveis no organismo.
O transplante renal é outra forma de substituir a função dos rins, uma vez que a pessoa recebe um órgão novo para que o sangue volte a ser filtrado de uma forma natural pelo seu próprio organismo, sem depender das sessões de hemodiálise.
Os rins do paciente são mantidos em seu organismo. Ele passa, então, a ter três rins quando faz o transplante. Esse novo órgão, sozinho, consegue atender todas as demandas do seu corpo, assegurando uma vida praticamente normal para a pessoa.
O transplante, em relação à hemodiálise, tem a vantagem de que a pessoa volta a ter um rim funcionando normalmente. Ele vai filtrar o sangue, fazer a separação de líquidos e resíduos, favorecer a produção da urina e a eliminação desses resíduos de uma forma natural.
Entretanto, não podemos afirmar que um ou outro procedimento é melhor, porque isso vai depender da necessidade de cada pessoa, das suas condições de saúde, visto que o transplante renal exige a realização de um procedimento cirúrgico e também de medicações que podem abaixam a imunidade do indivíduo.
Esse procedimento também tem suas contra indicações, como acontece com outros tipos de cirurgia. É o caso dos pacientes com problemas cardiovasculares graves, doenças infecciosas, cânceres, doenças hepáticas ou pacientes que estejam desnutridos. Também é considerado se a pessoa tem algum distúrbio psiquiátrico ou faz uso abusivo de álcool ou drogas.
Até mesmo a estrutura familiar do paciente pode ser uma contraindicação para realização do transplante renal. Isso porque o indivíduo precisará de diversos cuidados, controles médicos e laboratoriais durante o pós-implante, além da administração dos medicamentos para garantir a sua boa recuperação e a manutenção da saúde do órgão transplantado.
Sendo assim, somente a avaliação do especialista, levando em consideração todos esses fatores e outros que ele julgar relevantes, pode definir se é melhor para o paciente fazer o transplante renal ou se manter na hemodiálise.
Na verdade, não podemos falar sobre desvantagens do transplante renal, uma vez que ele ainda é considerado como o procedimento mais eficiente para tratar a doença renal crônica. De toda forma, existem alguns aspectos que precisam ser considerados antes da realização dessa cirurgia.
O primeiro fato é a necessidade de utilizar medicação contínua. É preciso conter a ação do sistema imunológico para que não exista o risco de ele atacar o rim que foi transplantado, entendendo como um agente invasor do organismo que precisa ser combatido. Essa medida é fundamental para que não haja a rejeição.
Também é essencial que a pessoa que recebeu o novo órgão tenha total comprometimento no cuidado com a saúde dele. É válido ressaltar que receber a doação de um órgão é sempre uma grande conquista, portanto, pelo restante da vida será preciso monitorar as condições clínicas de um modo geral, adotando hábitos saudáveis e um bom estilo de vida, para manter o organismo equilibrado e o funcionamento do rim.
O transplante de rim pode trazer mais qualidade de vida e redução de risco de mortalidade quando em comparação a permanecer na hemodiálise. Mas a decisão precisa ser tomada de uma forma consciente pelo especialista, o indivíduo e seus familiares, a fim de definir aquilo que é melhor e mais seguro.
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