A doença renal crônica é uma condição que se caracteriza pela perda da capacidade dos rins de realizar as suas funções básicas. Esse problema, frequentemente, evolui de forma lenta e progressiva de modo que não é possível reverter o quadro.
Os rins são órgãos que realizam diferentes funções no organismo. Eles são responsáveis por filtrar o sangue e, nesse processo, ajudam a eliminar substâncias que o corpo não vai aproveitar. Também eliminam toxinas e ajudam a controlar os sais minerais no sangue e o nível de água no organismo.
Também é papel dos rins controlar a pressão arterial, produzir vitamina D, manter o nível de pH do sangue e produzir hormônios. Por isso, são considerados órgãos vitais, então, quando ocorre um quadro de insuficiência renal crônica, há uma ameaça para a saúde e a vida da pessoa.
Como esse é um problema que exige bastante atenção, preparamos este artigo para que você saiba identificar os sintomas da insuficiência renal e descubra como ela é tratada. Acompanhe.
Índice
Alguns problemas que atingem os rins, inclusive a insuficiência renal, podem se apresentar como quadros agudos. Significa que ocorre uma perda momentânea da função renal, mas consiste em um quadro reversível, os rins podem voltar a funcionar normalmente.
No caso da doença renal crônica, é um problema que evolui ao longo do tempo. Aos poucos os rins deixam de funcionar adequadamente até não conseguirem mais cumprir suas funções. Existem diversos fatores de risco que podem causar a insuficiência renal crônica.
Alguns desses fatores são problemas sistêmicos, como o diabetes mellitus e a hipertensão arterial sistêmica. Nesse segundo caso, existe uma via de mão dupla porque a pressão alta prejudica os rins comprometendo suas funções e, como eles também ajudam a controlar a pressão arterial, quando não funcionam, corretamente a tendência é de que ela desregule ainda mais.
Doenças que atingem especificamente os rins também levam à insuficiência renal crônica, como:
glomerulonefrites;
As infecções urinárias que acometem os rins, chamadas de pielonefrites, quando são recorrentes ocasionam mais um fator de risco para ter doença renal crônica, assim como doenças autoimunes, gota, amiloidose e o consumo abusivo de anti-inflamatórios.
Nos estágios iniciais da doença renal crônica o paciente pode ser assintomático, ou seja, a doença pode passar despercebida. Por isso a importância dos fatores de risco. O exame de creatinina sérica e dois exames de urina, a urina tipo I e a pesquisa de albumina na urina devem ser solicitados a todos os indivíduos que possuem algum fator de risco para a doença renal crônica.
O maior problema da insuficiência renal crônica é o fato de que o organismo se adapta ao mau funcionamento dos rins. Com isso, até mesmo pacientes com a doença em estágio mais avançado podem nunca ter manifestado qualquer sintoma. Ainda assim, existem sinais físicos que são notados nesses estádios mais graves da doença, sendo:
Em fase terminal, quando os rins já não conseguem mais funcionar, a falência desencadeia:
Como você viu, apenas por meio de sintomas físicos é difícil diagnosticar a insuficiência renal crônica para proceder ao tratamento. Logo, os exames são fundamentais para acompanhar a saúde dos rins.
Como dito, isso é feito por meio do exame de sangue e outras análises laboratoriais para identificar alterações nos hormônios e em amostras de urina. A ultrassonografia contribui para investigar a morfologia dos rins e a biópsia, por sua vez, possibilita analisar o tecido renal para identificar comprometimentos.
Diagnosticar a doença renal crônica o quanto antes é fundamental porque as lesões sofridas pelos rins são irreversíveis. Além disso, não existem terapias ou medicamentos que façam com que esses órgãos voltem a funcionar normalmente.
Sendo assim, o tratamento desse problema é feito com o objetivo de evitar que a doença renal se agrave, e para desacelerar a perda das funções dos rins. Logo, uma das primeiras medidas adotadas é o controle da pressão arterial e o controle do açúcar no sangue nos diabéticos. Também é desaconselhável a automedicação, os anti-inflamatórios, alguns antibióticos e os contrastes iodados devem ser prescritos e acompanhados por médicos.
A abordagem é diferente para os pacientes que já sofreram uma perda significativa da função renal. No caso deles, é importante a realização da hemodiálise ou diálise peritoneal para garantir a eliminação de resíduos e toxinas do sangue, evitando as complicações da doença.
Quando o problema chega nesse estágio, o paciente pode se tornar candidato para a realização do transplante renal. Essa é a única forma de voltar a ter as funções dos rins para não depender mais das sessões de diálise.
A doença renal crônica precisa ser tratada porque, do contrário, líquidos e toxinas se acumulam no sangue trazendo prejuízos para o organismo.. Este acúmulo pode resultar em comprometimento de outros órgãos como o fígado, coração e pulmões. Nos casos mais avançados da doença a falta de tratamento acarreta em risco de morte..
Sendo assim, na presença de fatores de risco, é fundamental fazer acompanhamento rigoroso com o médico. Os exames de rotina devem ser realizados para acompanhar a saúde orgânica de um modo geral, mantendo o equilíbrio para a prevenção do comprometimento dos rins.
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