Os cuidados com os rins devem ser redobrados para pacientes com diabetes. O alto nível de açúcar no sangue pode prejudicar o rim de forma irreversível pois afeta a sua capacidade de filtração.
O diabetes é uma doença decorrente da produção insuficiente de insulina ou resistência à sua ação nas células do organismo. A insulina é um hormônio que regula os níveis de glicose no sangue e garante a energia para o corpo.
Essa doença é a segunda maior causa da doença renal crônica no Brasil.
Por isso, saiba mais no texto abaixo os cuidados que os pacientes diabéticos devem ter com a saúde dos rins!
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Conforme já falado, o diabetes é a falta da insulina no corpo humano ou prejuízo de sua ação. Esse hormônio tem a função de viabilizar a utilização das moléculas de glicose, o açúcar do sangue, transformando-as em energia para o nosso organismo.
Ao contrário do que muitos pensam, o diabetes mellitus é uma doença que pode se apresentar de diversas formas e possui tipos diferentes.
Essa é uma doença crônica, não transmissível e hereditária. No diabetes tipo 1, a produção de insulina não é suficiente no organismo do paciente. Geralmente, ela é diagnosticada na infância ou na adolescência.
O diabetes tipo 2 acontece quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida. Está ligada à obesidade e aos hábitos alimentares inadequados. Também é relacionada a um estilo de vida sedentário.
Além desses dois tipos, também deve-se ter atenção ao pré-diabetes, que indica que os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não podem ser classificados como diabetes.
Também existe o diabetes gestacional que acontece temporariamente, durante a gravidez. Neste período, ocorre aumento dos níveis de açúcar no sangue. As mulheres com diabetes gestacional tem risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2 e devem ser acompanhadas após o puerpério.
Quando não tratada corretamente, o diabetes pode evoluir para formas graves e trazer complicações para o paciente. Entre as mais frequentes, está a doença renal do diabetes.
Os rins possuem milhões de pequenas estruturas complexas chamadas néfrons, que atuam como um filtro do corpo humano e removem as toxinas do organismo.
Todo o sangue do corpo passa por esse filtro e, após essa etapa, as substâncias que não serão utilizadas formam a urina e são descartadas pelo organismo. Já as substâncias que são úteis continuam circulando na corrente sanguínea.
Quando os níveis de açúcar no sangue estão altos, os rins passam a trabalhar mais tempo para fazer todo o trabalho de filtragem e podem ficar sobrecarregados (hiperfiltração). Neste contexto, pode haver perda de proteínas na urina, que normalmente não deve ocorrer pelo tamanho dessas moléculas (em relação aos poros existentes nos néfrons).
A doença renal do diabetes, assim como qualquer nefropatia crônica, pode ser dividida em cinco estágios conforme os rins vão perdendo função, sendo um o melhor estágio e cinco o pior.
Com o tempo e a sobrecarga, os rins perdem a capacidade de filtragem. O resultado é o acúmulo de resíduos no sangue e a falha dos órgãos, podendo levar à insuficiência renal terminal.
Além dos rins, os pacientes com os níveis de glicose descontrolados podem apresentar:
Também é importante lembrar que nem todos os pacientes diabéticos vão evoluir com complicações do diabetes. O controle do açúcar no sangue e da pressão arterial são ações que devem ser tomadas para evitar o agravamento das disfunções orgânicas.
Para evitar complicações do diabetes, é importante que pacientes com a doença tenham certos cuidados em suas rotinas.
Seja no caso do diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, pré-diabetes ou diabetes gestacional, é importante seguir uma dieta rica em fibras e limitar a ingestão dos carboidratos.
Investir na prática de atividades físicas também pode ajudar não só a baixar o nível de açúcar no sangue, mas também a proporcionar uma melhora na qualidade de vida dos pacientes. Porém, os diabéticos devem lembrar sempre de medir a glicemia antes de praticar qualquer atividade.
Os horários das refeições também são importantes para os pacientes diabéticos. Alimentar-se regularmente ajuda a manter os níveis de glicose e evitam crises de hiperglicemia (quando o açúcar no sangue está muito elevado) e de hipoglicemia (quando o açúcar está baixo).
Além de manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos e comer regularmente, seguir o tratamento médico é o principal fator para manter o diabetes sob controle. Confira abaixo alguns tipos de tratamento para cada tipo de diabetes:
Lembre-se que cada abordagem deve ser discutida e analisada entre o paciente e o profissional da saúde individualmente.
O tratamento desse tipo de diabetes exige o uso diário da insulina. Ela também pode ser acompanhada de outros medicamentos para controlar os níveis de glicose no sangue.
Quando o tratamento da insulina não é feito corretamente ou quando surgem outros problemas, como doenças vasculares ou infecções, pode ocorrer um quadro dramático chamado cetoacidose diabética, com risco de vida do paciente.
Caracteriza-se pela grande quantidade de glicose e pelo aumento da concentração de ácidos no corpo do paciente.
Os sintomas da cetoacidose diabética são:
Ao notar os primeiros sintomas dessa complicação, é importante procurar atendimento médico o mais rápido possível.
Recomenda-se ir até o pronto socorro mais próximo ou ligar para uma ambulância para orientação e tratamento rápido.
O tratamento do diabetes tipo 2 costuma ser feito com medicamentos antidiabéticos. Eles podem aumentar a produção de insulina no pâncreas, melhorar a sensibilidade do organismo à insulina, diminuir a produção de glicose pelo corpo ou diminuir a absorção dela durante a alimentação.
Geralmente, inicia-se o tratamento utilizando apenas um medicamento e depois o médico irá avaliar a necessidade da combinação de outros, inclusive da própria insulina.
Para o tratamento do diabetes gestacional, é necessário a avaliação do obstetra e do endocrinologista. A principal forma de tratar é manter uma dieta pobre em carboidratos e uma prática regular de exercícios físicos.
Nos casos mais graves, onde o açúcar no sangue é maior do que o esperado, também podem ser usados os antidiabéticos ou a insulina.
O diabetes gestacional é identificado após a 22ª semana de gestação.
A mudança no estilo de vida é o melhor tratamento para os pacientes que estão pré-diabéticos.
Perda de peso, exercício físico e uma dieta com baixa ingestão de gorduras já auxiliam na condução do problema.
Em casos graves, também pode ser necessário o uso de medicações antidiabéticas.
Se você não é diabético, você pode prevenir não só a diabetes, mas também diversas outras doenças com hábitos de vida saudável, como alimentação balanceada, exercícios físicos frequentes, baixo consumo de açúcares e gorduras, não fumar e não beber.
Caso você conheça algum diabético, compartilhe com ele esse texto! O cuidado com os rins é essencial para garantir o perfeito funcionamento do nosso corpo.
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